
30 famílias participaram da coleta de Andiroba este ano de 2022. O projeto envolveu as comunidades de Pedreira, Nazaré, Jaguarari e a aldeia indígena de Taquara. Foram coletadas 6,5 toneladas pelos comunitários da Flona do Tapajós.
A Coleta de Sementes é um projeto firmado entre a Cooperativa Mista Flona do Tapajós – Coomflona e a Natura. Que vem acontecendo desde de 2019 com a participação das comunidades tradicionais da Flona do Tapajós.

O óleo extraído da Andiroba é a principal matéria prima utilizada pelas empresas de cosméticos, que por meio das comunidades tradicionais da flona buscam incentivar a renda familiar desses comunitários que anualmente participam desta iniciativa.
O objetivo do projeto além de incentivar a renda local, é também procurar cada dia mais fortalecer a cadeia de produtos florestais não madeireiros da flona do tapajós, ao mesmo tempo que preserva a biodiversidade nativa da floresta.

Segundo o vice-presidente da Coomflona, Daniel Santos. A cada ano o projeto busca envolver outras famílias para participarem do projeto e das atividades vinculadas a cooperativa.
“A cada ano vamos fortalecer os grupos com a participação de outras comunidades, como aquelas inseridas no Sul da flona que ainda não participam. Vamos dialogar com todas as comunidades para fazer um melhor trabalho, tanto para as comunidades que já participam, quanto para aquelas que pretendem participar”. Disse Daniel.
Para a engenheira florestal Maria Soliane. Este ano a perspectiva de coleta era alcançar 9,0 toneladas, porém com o desmembramento da comunidade de São domingos, não foi possível alcançar a meta estimada.
“Acreditamos que a comunidade de São domingos, coletou 3,5 toneladas de sementes secas, que somando com a quantidade que temos, alcançaríamos 10 toneladas”. Falou a engenheira.

Além das sementes secas da andiroba, o projeto busca fomentar a extração do óleo de outras espécies como a semente da castanha do Pará, cumaru, pequiá e copaíba.
Processo da Coleta das sementes
Todos os grupos são cadastrados para o efetivo acompanhamento do trabalho e recebem capacitações pelos técnicos do PSA, Coomflona e Natura, abordando a sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Cada comunidade trabalha de forma independente de acordo com seu planejamento comunitário.
As formas corretas de coleta e segurança do trabalho é uma das exigências indispensáveis, recebida pelos técnicos. As etapas de manejo das sementes, processo de secagem, pesagem e armazenamento, são orientadas para garantir o bom desenvolvimento do trabalho.
“Antes da Safra nos reunimos para definir quais serão os coletores e as estratégias de coleta. Depois da safra fazemos a avaliação de todo o processo’. Concluiu Maria Soliane.

O período de secagem das amêndoas vai de 25 a 30 dias, em seguida é realizada a pesagem.
“Vamos etiquetar todas as sacas com o código de cada família que participou da coleta. Em seguida vamos realizar a rastreabilidade das sementes dentro do sistema da Natura. Após todo esse processo, a Coomflona fica responsável de enviar as sementes para a usina de processamento da Natura em Benevides”. Concluiu a engenheira Soliane.
O projeto coleta de sementes na Flona, conta com o apoio técnico e logístico do Projeto Saúde Alegria (PSA), que desenvolve as atividades relacionadas as cadeias não madeireiras com os comunitários. E também tem a parceria da Federação e do ICMBio.
Ass. Comunicação/Coomflona