Na manhã da quarta-feira (16/11), o grupo de colaboradores e cooperados da Movelaria Anambé receberam a capacitação voltada a cadeia de Custódia (CoC), que busca avaliar a rastreabilidade da cadeia produtiva, desde a produção da matéria-prima que sai das florestas até o produto que chega ao consumidor final.
O encontro aconteceu no espaço da movelaria Anambé no km 117, e foi ministrado pelo engenheiro florestal da Coomflona, Carlos Richele.
No primeiro momento da capacitação, foi destacado a importância do selo FSC100% Comunitário, além da agregação de valores que este selo tem e representa para a Cooperativa Mista da flona Tapajós- Coomflona.
Durante o encontro, o engenheiro disse que o diferencial da Coomflona não está somente na qualidade dos produtos, e sim na confiança e credibilidade garantida pelo selo FSC, haja visto que a qualidade já é garantida pela certificação.
Além do uso específico da marca FSC, alguns critérios importantes e indispensáveis na utilização da marca para uso externo foram explicados para os participantes. Todo e qualquer material de propagação é obrigatória a aprovação da marca do Selo FSC. A importância da origem do produto fabricado de forma comunitária foi outro ponto destacado na capacitação. Nenita Patrocínio, conselheira da Coomflona, falou de sua experiência quando atuava na venda dos produtos na ecoloja. “Quando as pessoas vinham comprar o produto na ecoloja, a primeira pergunta que elas faziam era sobre a sua certificação, origem e local onde as peças artesanais eram fabricadas. Quando falávamos que todas as peças eram feitas pelos próprios comunitário, isso dava mais confiança e credibilidade para os visitantes levarem os produtos”. Disse Nita.
Carlos Richele falou que a certificação FSC é voluntária, e que hoje muitas empresas estrangeiras adotam políticas para comprar produtos que tenham o selo FSC, da mesma forma que também há outras que aderem a compra de produtos não certificados.
“É importante saber quais são as chances de mercado e confiança que eu tenho lá fora através do selo FSC, ele me dar essa facilidade e confiança na comercialização do meu produto. O Brasil é um país visto ‘lá fora de forma muito marginalizada, por isso é importante que a movelaria tenha a certificação FSC garantida e trabalhe dentro da legalidade respeitando todos os critérios ambientais e sociais”.Disse Carlos.
Quanto ao uso da marca da norma FSC, a técnica em segurança do trabalho Elem Samara (Coomflona), falou sobre o processo exigido para se utilizar os selos FSC, que podem ser gerados no portal Trademark, respeitando todos os processos legais requeridos no manual para aprovação da marca.
No segundo momento do encontro, o coordenador da movelaria Arimar Santos, destacou a parte prática das atividades desenvolvidas pelo grupo de colaboradores da Anambé, comparando os trabalhos e toda as orientações repassadas, com a parte prática.
Arimar, falou da estrutura organizacional da movelaria que vem se desenvolvendo com a responsabilidade do trabalho em equipe e da valorização e empenho de cada moveleiro. Em seguida, o grupo caminhou até a área do pátio da movelaria para uma aula prática de conhecimento de todo o processo legal que se desenvolve desde a retirada da madeira da floresta até o produto final.
Fazendo o reconhecimento das principais espécies de madeira manejadas, que devem estar todas identificadas de acordo com o tamanho e volume para o uso e confecção dos objetos e peças artesanais fabricados pela movelaria Anambé. Arimar falou ainda da atenção e responsabilidade com a qual as atividades devem ser desenvolvidas, principalmente no cuidado com o uso e a reutilização das madeiras certificadas respeitando sempre a legalidade.
Além do grupo de colaboradores da movelaria Anambé e do engenheiro Carlos Richele, estiveram presentes no encontro os conselheiros da Coomflona, Amarildo Gomes, Valdeir Xavier, Nenita Patrocínio , a técnica em segurança do trabalho Elem Samara , e o vice presidente da Coomflona Daniel dos Santos.
Ass / Coomflona
Divulgação/ Erivane Pimentel
